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contabilistas 4.0:
como a tecnologia está a transformar a profissão
Com base numa entrevista realizada a Rui Assis, CEO da assis^, exploramos as principais tendências, desafios e oportunidades que vão moldar o futuro da contabilidade nos próximos cinco anos.
Artigo publicado em assis.partners a 2024/09/20
Nos próximos anos, a profissão de contabilista vai sofrer uma transformação significativa impulsionada pela automação e pela inteligência artificial (IA). Rui Assis prevê que a função do contabilista deixará de ser predominantemente operacional, tornando-se mais estratégica e consultiva. “Vamos ver mais profissionais a utilizarem ferramentas de análise de dados em tempo real para fornecer insights valiosos aos seus clientes”, afirma Assis. Esta mudança vai permitir que os contabilistas possam – à semelhança do que acontece na assis^ – auxiliar as empresas a tomarem decisões mais informadas e a se adaptarem rapidamente às mudanças no mercado.
A digitalização também vai acelerar a necessidade de adaptação contínua. À medida que a regulamentação fiscal se torna mais frequente e complexa, será fundamental que os contabilistas estejam preparados para adotar novas tecnologias e ferramentas digitais que lhes permitam manter a competitividade.
Num ambiente de negócios cada vez mais complexo, os contabilistas têm a oportunidade de se tornarem parceiros estratégicos das empresas. Para Rui Assis, é essencial que os contabilistas se concentrem em interpretar dados financeiros de forma a impulsionar o crescimento e a eficiência das empresas. “Não basta apenas cumprir obrigações fiscais ou legais; os contabilistas precisam de antecipar riscos, sugerir melhorias de processos, identificar oportunidades de poupança de custos e de investimento”, destaca.
A capacidade de fornecer análises preditivas e conselhos personalizados será cada vez mais valorizada. A transparência, a confiança e a proatividade serão fatores determinantes para fortalecer as relações com os clientes e para a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Atualmente, os contabilistas certificados enfrentam vários desafios que exigem adaptação e resiliência. A crescente complexidade da legislação fiscal e regulamentar, combinada com a necessidade de estar constantemente atualizado, coloca uma pressão adicional sobre estes profissionais. A gestão da carga de trabalho, especialmente durante os períodos fiscais mais intensos, e a expectativa de resultados rápidos e precisos são outras dificuldades mencionadas por Rui Assis.
A falta de mão-de-obra qualificada e a necessidade de integrar novas tecnologias e automatizar processos também são fatores desafiantes. “Os contabilistas precisam de equilibrar a adoção de tecnologia com a manutenção de um serviço de consultoria de alto valor”, explica Rui Assis.
A inteligência artificial está a redefinir a profissão ao automatizar tarefas rotineiras, como a classificação de despesas, a reconciliação bancária e a geração de relatórios financeiros. Este avanço permite que os contabilistas se concentrem em atividades de maior valor, como a consultoria estratégica. “A IA permite análises preditivas mais precisas e dá acesso a insights em tempo real, o que melhora a eficiência e a personalização do serviço oferecido”, salienta Rui Assis.
No entanto, esta transformação requer uma adaptação contínua por parte dos profissionais, que precisam de adquirir novas competências digitais para acompanhar a evolução tecnológica.
Em conclusão, o futuro da profissão de contabilista será marcado pela digitalização e pela automação, abrindo novas oportunidades para um papel mais estratégico e consultivo. Os contabilistas que conseguirem adaptar-se a este novo contexto, adotando novas tecnologias e desenvolvendo competências em análise de dados, estarão melhor posicionados para agregar valor e fortalecer as suas relações com os clientes.
Neste Dia Nacional do Contabilista, celebramos não apenas o papel fundamental que estes profissionais desempenham nas empresas, mas também a sua capacidade de adaptação e resiliência num mundo em constante mudança.
Esta informação não dispensa a consulta da legislação em vigor.
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